Há quem corra o mundo em
busca da beleza. O mais provável é voltar de mãos a abanar, apenas com um
passaporte cheio de carimbos e nada mais (por certo, a arrotar importância, mas
isso é outro assunto). A beleza está ao alcance dos olhos que saibam
ver. Não é verdade, Eugénio?
«A BELEZA
Chovera. Que sorte ter nos meus olhos essa melancólica praça quase deserta, os oiros glaucos de Bellini espalhados pelas lajes molhadas e os verdes todos, do esmeralda ao musgo, escurecidos pela noite que se avista já de algumas mansardas. Porque a beleza, ou é esta entrega a quem de súbito a descobre, ou se esconde, cruel, a quem faz da sua procura uma perseguição de carniceiro».
(Eugénio de Andrade, "in" "Vertentes do Olhar")
Eugénio de Andrade, por José Rodrigues
«A BELEZA
Chovera. Que sorte ter nos meus olhos essa melancólica praça quase deserta, os oiros glaucos de Bellini espalhados pelas lajes molhadas e os verdes todos, do esmeralda ao musgo, escurecidos pela noite que se avista já de algumas mansardas. Porque a beleza, ou é esta entrega a quem de súbito a descobre, ou se esconde, cruel, a quem faz da sua procura uma perseguição de carniceiro».
(Eugénio de Andrade, "in" "Vertentes do Olhar")
Eugénio de Andrade, por José Rodrigues
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