Dois dragoeiros
Dois dragoeiros, junto ao caminho que vai dar ao porto de São
Mateus do Pico. Duas árvores que ostentam o seu garbo de séculos (quem diria?).
Já viram passar sucessivas gerações de homens. A voragem do tempo, que consome
tudo o que é vivo, parece não os afectar. Eles são a memória da Ilha. Em miúdo,
subi, como outros, aos seus ramos mais altos, nos quais alguns deixaram incisões
(nomes e
desenhos). Ficou esse registo, mas muitos do que o fizeram já se foram. Os
dragoeiros, porém, indiferentes a isso, persistem no seu desafio à morte.
Quando me abrigo à sua sombra, vêm-me à memória os tempos em que corria, solto e despreocupado, pelo caminho que os orla, na direcção da "Baixa", onde ía dar uns mergulhos. Ao mesmo tempo, estes dragoeiros agudizam-me, pelo constraste com a sua longevidade, o sentimento da finitude, a consciência de que breves são os dias que nos são concedidos neste mundo.
Quando me abrigo à sua sombra, vêm-me à memória os tempos em que corria, solto e despreocupado, pelo caminho que os orla, na direcção da "Baixa", onde ía dar uns mergulhos. Ao mesmo tempo, estes dragoeiros agudizam-me, pelo constraste com a sua longevidade, o sentimento da finitude, a consciência de que breves são os dias que nos são concedidos neste mundo.
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